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Gabriel Ferreira

Artista visual baiano, oriundo de Tanquinho, atuante em Feira de Santana e região metropolitana, premiado em salões regionais. Nas artes visuais, destacam-se suas instalações, o desenho e a pintura, versando sobre temas da cultura local e regional; e erotismo. Ademais, foi iniciado na música em filarmônicas; é técnico em edificações, atividade que exerce, e mestrando em Desenho, Cultura e Interatividade (UEFS).

Gabriel Ferreira. Roda de capoeira angola. 2012. 150 X 100 cm. (Foto cedida pelo artista).
Gabriel Ferreira. Peça 1 da instalação Cântico ao amor de Valquíria. 2007.Técnica: betume da Judéia sobre tábua de MDF branca. (Foto cedida pelo artista).
Esta peça faz parte de instalação de parede, composta de 11 peças, com medida total 253 X 30 cm total, e inscrições de textos. Na peça 1, lê-se: “Poderia falar todas as línguas dos homens e dos céus, sem amor... Fogo que arde sem se ver”.
Gabriel Ferreira. Peça 2 da Instalação Sobre a mesa de Maria Amélia. 2010. Técnica mista sobre PVC. 41,5 X 28 cm. (Foto cedida pelo artista)
Esta peça faz parte da instalação de parede, composta por seis placas de PVC, trabalhadas em técnica mista. Dimensão total da instalação: 90 X 90 cm. Essa instalação foi Prêmio Território Portal do Sertão/Funceb em 2010.
Gabriel Ferreira. Campo e Sertão. Acrílico sobre tela. 60 X 60 cm. 2021. (Foto cedida pelo artista).
Gabriel Ferreira. Omolu. Técnica mista sobre tela. 80 X 100 cm. (Foto cedida pelo artista).
Gabriel Ferreira. Roda de capoeira angola. 2012. 150 X 100 cm. (Foto cedida pelo artista).
Gabriel Ferreira. Peça 1 da instalação Cântico ao amor de Valquíria. 2007.Técnica: betume da Judéia sobre tábua de MDF branca. (Foto cedida pelo artista).
Esta peça faz parte de instalação de parede, composta de 11 peças, com medida total 253 X 30 cm total, e inscrições de textos. Na peça 1, lê-se: “Poderia falar todas as línguas dos homens e dos céus, sem amor... Fogo que arde sem se ver”.
Gabriel Ferreira. Peça 2 da Instalação Sobre a mesa de Maria Amélia. 2010. Técnica mista sobre PVC. 41,5 X 28 cm. (Foto cedida pelo artista)
Esta peça faz parte da instalação de parede, composta por seis placas de PVC, trabalhadas em técnica mista. Dimensão total da instalação: 90 X 90 cm. Essa instalação foi Prêmio Território Portal do Sertão/Funceb em 2010.
Gabriel Ferreira. Campo e Sertão. Acrílico sobre tela. 60 X 60 cm. 2021. (Foto cedida pelo artista).
Gabriel Ferreira. Omolu. Técnica mista sobre tela. 80 X 100 cm. (Foto cedida pelo artista).
Referências

(Gabriel Silva Ferreira, Tanquinho, 29 de janeiro de 1978).

Retrato:

Gabriel Ferreira, fotografia cedida pelo artista – Autor: Rafael Leônidas, 2019.

 

Formação:

1994 – 1997 – Técnico em Edificações, pelo Centro Estadual de Educação Profissional Áureo de Oliveira Filho, Feira de Santana, BA.

2008 – Graduado em Ciências Econômicas, pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, BA.

Período de atividade:

Desde 1990.

Principais especialidades:

Artista visual e técnico em edificações.

Outras atividades:

Ilustrador de livros, músico/compositor percussionista. Também se dedica à produção cultural.

Dados biográficos:

Gabriel Silva Ferreira é artista visual, músico, nascido em Tanquinho (1978), região metropolitana de Feira de Santana, filho de Maria Girlene Silva Ferreira, professora, e de José V. S. Ferreira, marceneiro.

Iniciou estudos de música em 1988, em sua cidade natal, na Sociedade Filarmônica Maria Quitéria, onde atuou como caixista até o encerramento das atividades desta Filarmônica. No mesmo período atuou na jovem Filarmônica 14 de Agosto, como baterista e caixista. Assim como, integrou a Filarmônica Euterpe Feirense, em ocasiões especiais. Além disso, fez parte as Bandas Espíritos em Êxtase, Arranjos, Lírica, Chuá de Cabaça, Clube de Patifes, Dasdores Moderna e Bando Farinha de Guerra.

Desde 1994, vive na cidade de Feira de Santana. Aí começou a expor desenhos de temáticas diversas no Tríduo Cultural de Tanquinho, evento referência até os dias atuais para Gabriel, pois, continua a expor e a contribuir para a sua realização. Também trabalhou em produções no Teatro Amador de Tanquinho (TAMTAN), no qual se fez presente como sonoplasta em algumas montagens.

Fez o Curso Técnico em Edificações entre 1994 e1997, no Centro Estadual de Educação Profissional Áureo de Oliveira Filho, em Feira de Santana, e cursos complementares, o que permitiu a sua aprovação em concurso público em 2014, exercendo a profissão na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

Como artista, Gabriel Ferreira transita por várias linguagens artísticas - desenho, pintura e fotografia, além da música, mantendo seu interesse pelas manifestações da cultura local e pelas culturas vizinhas. O  trabalho de Gabriel dialoga com as peculiaridades do movimento de capoeiristas, associadas a temas irmanados, tais como: sambas-de-roda, candomblés, cânticos e ladainhas para o jogo, instrumentos típicos da capoeira, o que tem relação com os estudos da movimentação da Capoeira Angola, que veio a praticar por alguns anos, com pesquisas historiográficas do Mestre de Capoeira Bel Pires (Josivaldo Pires de Oliveira), dos acervos documentais do Malungo Centro de Capoeira Angola e do grupo Angoleiros do Sertão (Mestre Cláudio), o que está presente em sua trajetória desde 2000 e bem acentuado nas obras exibidas na Exposição Brinquedo dos Angolas, realizada no Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira-MAC em 2010.

Outra temática importante da sua produção artística é o feminino e o erótico, tema inspirado na poesia de Patrice de Moraes. Gabriel Ferreira volta-se para uma poética que visa ressaltar o “Eu” (ou “Eurótico”) incrustado em tabus, o que busca ilustrar. Este é o caso da instalação intitulada “Cântico ao Amor de Valquíria” que recebeu o Prêmio Juarez Paraíso, no Salão Regional de Artes Visuais da FUNCEB, em Feira de Santana (2007). Segundo Gabriel Ferreira, no Memorial descritivo desta obra: “Nesta instalação, a mulher cumpre o papel de dominadora dos seus instintos. Seus desejos são postos acima da ditadura masculina.” (FERREIRA, 2007). Motivado por fragmentos de textos bíblicos (Coríntios 13) e de escritos de Luiz Vaz de Camões, o trabalho é composto de ilustrações e inscrições sobre “tábuas de cozinha”, com um tom provocativo quanto a sexualidade e dogmas da vida doméstica.

Segundo o poeta Silvério Duque: “Gabriel equilibra cores e contornos com a simplicidade primordial do desenho, aliado ao acabamento técnico e expressivo das tintas sobre as telas, que conseguem juntar o abstracionismo e figurativo em uma tênue barreira aliada aos malabarismos imagéticos do artista”. (POETA SILVERIO DUQUE, 2010)

Ele tem participação em exposições individuais e coletivas, salões, bienais, eventos de rua e eventos em circuitos alternativos. Em 2010, recebeu o Prêmio Território Portal Sertão no Salão Regional de Artes Visuais da FUNCEB, em Feira de Santana, com a instalação “Sobre a Mesa de Maria Amélia”. Também recebeu prêmio na categoria Artes Plásticas e Poesia na I Mostra Universitária de Arte da Bahia, realizada na UEFS, em 2005.

Como ilustrador de livros e outros impressos para editoras e produções independentes, lançou dois livros: “Esboços: Ilustrações de Textos” (2006) e “Bié: Memórias Ilustradas, Infância e Ironias” (2011), ambos pela MAC Edições, Feira de Santana-BA.

No campo da gestão institucional, em Feira de Santana, foi coordenador do Centro de Cultura Amélio Amorim/SECULT-BA e membro do Conselho Municipal de Cultura, no segmento de Artes Visuais.

Na área da arte-educação é membro do Instituto Maria Quitéria-IMAQ, onde coordena projetos e ministra cursos na Região do Sisal e Portal do Sertão, através de Pontos de Cultura e entidades da sociedade civil organizada.

Em 2021, Gabriel Ferreira ingressou no Mestrado em Desenho, Cultura e Interatividade, pela UEFS, Feira de Santana, BA, o que ampliará ainda mais as suas possibilidades no campo da arte.

Referências
Autoria

Autores(as) do verbete:

Girlene Ferreira SantoseSuzane Pinho Pêpe

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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