Desenhista, pintor, professor, atuante na cidade de Salvador no século XIX.

São escassas as informações biográficas disponíveis do pintor e desenhista Angelo da Silva Romão. Manoel Querino (1911, p.87) informa que era neto do escultor Manoel Ignácio da Costa e foi admitido como desenhista no Arsenal da Marinha em 1863 e, naquela ocasião, também atuava como professor de desenho da Companhia dos Artífices até 1890.

Conforme Luiz Freire (2006, p.548) em 8 de março de 1891 Angelo Romão apresentou proposta à Irmandade do Santíssimo Sacramento e N. Sra. do Pilar para a pintura da igreja pela quantia de 950$000.

As pesquisas de Maria das Graças Leal (1995, p.291) indicam que em 1872 Angelo da Silva Romão integrava a comissão paroquial da Freguesia de S. Pedro, composta de artistas e operários, para angariar sócios para a fundação do Liceu de Artes e Ofícios.

Uma de suas obras mais destacadas é a pintura intitulada Visão de Paraguaçu, 1866, em que retrata o sonho da índia tupinambá Catarina Paraguaçu com Nossa Senhora, obra do acervo do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. A referida pintura estabelece diálogo com outras de mesmo tema na igreja de Nossa Senhora da Graça, na cidade de Salvador.

Manoel Querino (1911, p.87) indica que Angelo da Silva Romão “deixou trabalhos de pintura a óleo no palco do teatro S. João; uma tela representando a Virgem, de tamanho natural, e bem assim um retrato de D. Pedro II. Faleceu em 1895 com sessenta e um anos de idade”.

Autores(as) do verbete:

Belinda Maria de Almeida Neves

Data de inclusão:

13/08/2021

Datas de revisão / atualização:

13/08/2021;