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Rodolpho Lindemann

LINDEMANN, Frederic (Fréderic François Rodolphe Lindemann, Paris, 1855 – após 1922)   Principais especialidades: Fotógrafo e Pintor   Estabelecimentos: 1881 – Rua Direita do Palácio, nº 32, Itapagipe, Salvador 1882 – Ladeira de São Bento, n° 1, Salvador 1894 – Largo Castro Alves, n° 92, Salvador   Dados biográficos: Lindemann era filho de João Frederico[...]

Cartão Postal. Acervo Fundação Gregório de Mattos, Salvador
Cartão Postal. Acervo Fundação Gregório de Mattos, Salvador
"Episódio sangrento em 13 de novembro de 1899". Óleo sobre tela, 110 x 120 cm. Pinacoteca da Associação Comercial da Bahia
Cartão Postal. Acervo Fundação Gregório de Mattos, Salvador
Cartão Postal. Acervo Fundação Gregório de Mattos, Salvador
"Episódio sangrento em 13 de novembro de 1899". Óleo sobre tela, 110 x 120 cm. Pinacoteca da Associação Comercial da Bahia
Referências
ERMAKOFF, George. O negro na fotografia brasileira do século XIX. Rio de Janeiro: George Ermakoff Casa Editorial, 2004.

KOSSOY, Boris. Dicionário histórico-fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910). São Paulo: Instituto Moreira Sales, 2002.

TAVARES, Luis Henrique Dias. História da Bahia. Salvador: EDUFBA, 2000.

VASQUEZ, Pedro Karp. Fotógrafos alemães no Brasil do século XIX. São Paulo: Meta livro, 2000.

LINDEMANN, Frederic (Fréderic François Rodolphe Lindemann, Paris, 1855 – após 1922)

 

Principais especialidades:

Fotógrafo e Pintor

 

Estabelecimentos:

1881 – Rua Direita do Palácio, nº 32, Itapagipe, Salvador

1882 – Ladeira de São Bento, n° 1, Salvador

1894 – Largo Castro Alves, n° 92, Salvador

 

Dados biográficos:

Lindemann era filho de João Frederico Lindemann e Aimée Francisca Haquin.

Como retratista pintor, Lindemann anunciava seus serviços no Almanach da Província em 1881.  Em 1882, Rodolpho Lindemann foi admitido como auxiliar no estabelecimento Photographia Premiada, do suíço Wilhelm Gaensly. Posteriormente Lindemann se torna sócio de Gaensly na “Photographie do Commercio”.

Já em 1888 Lindemann se casa com Alaine Gaensly, irmã do seu sócio. No ano seguinte, a firma Gaensely e Lindemann se expande abrindo uma filial em São Paulo.  Lindemann assume a direção do estabelecimento em Salvador enquanto Gaensly muda-se para São Paulo (ERMAKOFF,  2004, p. 212 ).

A partir de 1900 Lindemann se desliga da sociedade de Gaensly e permaneceu no mesmo endereço denominado “Photographie Cosmopolita”. Segundo Kossoy (2002, p.209) existem trabalhos de sua autoria datados até 1922.

Possuidor de uma apurada sensibilidade estética, ele fotografou vistas e retratou diferentes tipos étnicos dos habitantes da época. Aproximadamente 25 vistas da Bahia fotografadas por Lindemann correram o mundo no “Album de Vues Du Brésil”, apêndice do livro Le Brésil, de Lavasseur, publicado em 1889, em Paris, onde ele também participou da Exposição Universal (VAZQUEZ, 2000, p. 154).

Lindemann foi um dos mais importantes fotógrafos da época na Bahia. Retratista renomado no ramo dos postais editou uma série de imagens exóticas e pitorescas da Bahia. Também, de acordo com o Diário de Notícias de 16 de março de 1903, ele atuou no seguimento empresarial gráfico efetuou ofícios especializados de “phototypia, fotogravura e photogalvanotipia”.

De Lindemann pode-se também encontrar na entrada principal da Associação Comercial da Bahia uma pintura que representa uma cena de violência no bairro do Comércio em 13 de novembro de 1899. O episódio foi decorrente da manifestação popular contra o resultado oficial da eleição para prefeito de Salvador, que teve como reposta do governador Luís Viana a intervenção da polícia, causando muitas mortes e feridos (TAVARES, 2000).

Na época o acontecimento provocou muitos protestos inclusive um manifesto, publicado nos jornais condenou a repressão, sendo assinado pelos maiores exportadores e importadores do Estado. A pintura de Lindemann é de 1905, o que não descarta a possibilidade dele ter presenciado a cena na época, pois a imagem possui uma enorme vivacidade, revelando ali um olhar característico da linguagem fotográfica de então.

Referências
ERMAKOFF, George. O negro na fotografia brasileira do século XIX. Rio de Janeiro: George Ermakoff Casa Editorial, 2004.

KOSSOY, Boris. Dicionário histórico-fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910). São Paulo: Instituto Moreira Sales, 2002.

TAVARES, Luis Henrique Dias. História da Bahia. Salvador: EDUFBA, 2000.

VASQUEZ, Pedro Karp. Fotógrafos alemães no Brasil do século XIX. São Paulo: Meta livro, 2000.
Autoria

Autores(as) do verbete:

Telma Cristina Damasceno Silva-Fath

Data de inclusão:

09/12/2014

Datas de revisão / atualização:

29/05/2016;

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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