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Letra inicial:
Dory (Lourival Cardoso de Araújo)
Dory RETRATO Ateliê Dory F2008 pequeno

(Cachoeira, Bahia, Brasil, 28 de janeiro de 1949 – Cachoeira, Bahia, Brasil, 1º de novembro de 2008)   Formação: Iniciado na escultura por seu irmão Doidão Bahia, também chamado de J. Cardoso. Período de atividade: Anos 1970 – 2008. Principal especialidade: Escultura de madeira Outra atividade: Comerciante. Assinatura: Dados biográficos: Lourival Cardoso de Araújo nasceu[...]

Lourival Cardoso de Araújo, Dory - Cabeça de Cristo.
Escultura de madeira. Ateliê do escultor. (Foto: S Pêpe, 2008)
Lourival Cardoso de Araújo, Dory - Procissão das Irmãs da Boa Morte de Cachoeira
Relevo de madeira policromado. Ateliê do escultor. (Foto: S Pêpe, 2008)
Lourival Cardoso de Araújo, Dory - Cabeça de Cristo.
Escultura de madeira. Ateliê do escultor. (Foto: S Pêpe, 2008)
Lourival Cardoso de Araújo, Dory - Procissão das Irmãs da Boa Morte de Cachoeira
Relevo de madeira policromado. Ateliê do escultor. (Foto: S Pêpe, 2008)
Referências
Depoimentos:

ARAÚJO, José Cardoso de (Doidão). Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 10 de maio de 2013.

ARAÚJO, Lourival Cardoso de (Dory). Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 13 de junho de 2008.

CRUZ, Almir Oliveira (Mimo). Depoimentos concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 30 de abril de 2008, 8 de novembro de 2011 e 2 de outubro de 2012.

SANTOS, Bernadete Moreira. Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 5 de julho de 2012.

Eletrônicas seguidas dos links:

BAHIA! Exposição homenageia cultura e artistas do Recôncavo. Disponível em: http://bahia.com.br/noticias/exposicao-homenageia-cultura-e-artistas-do-reconcavo/  Acesso em: 16 ago 2013.

CON/VIDA Popular’s  Arts of the Americans (Detroit – USA). Dory. Disponível em: http://www.convida.org/dory.html Acesso em: 16 jul. 2013.

UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. CAHL – Centro de Artes, Humanidades e Letras. Exposição Escultores de Cachoeira: Arte em madeira. Postado em 23 mai. 2012. Disponível em: http://www.ufrb.edu.br/cahl/eventos/623-exposicao-escultores-de-cachoeira-arte-em-madeira Acesso em: 16 ago. 2013.

Periódicos:

CID Teixeira fala na Câmara de Cachoeira. A Tarde, Salvador, 16 ago 2002. Municípios. Caderno 4, p. 4.

EXPOSIÇÕES. Correio da Bahia. Salvador, 15 mai. 1987, 2º Caderno, p. 2.

COSTA, Alzira. Cachoeira revê o fim da escravidão. A Tarde. Salvador, 13 mai. 1987. Caderno 2,  p.1.

PÊPE, Suzane Pinho. Escultura e religiosidade afro-brasileira em Cachoeira. Revista Ohun, Salvador, n. 4. p. 33-59, 2008. Disponível em: http://www.revistaohun.ufba.br/pdf/Suzane_Pinho.pdf Acesso em: 15 mar. 2011.

(Cachoeira, Bahia, Brasil, 28 de janeiro de 1949 – Cachoeira, Bahia, Brasil, 1º de novembro de 2008)

Fotografia tirada na entrada de seu ateliê em 2008. (Foto: S. Pêpe)

O escultor Dory segurando a escultura Escravo. Fotografia tirada na entrada de seu ateliê em 2008. (Foto: S. Pêpe)

 

Formação:

Iniciado na escultura por seu irmão Doidão Bahia, também chamado de J. Cardoso.

Período de atividade:

Anos 1970 – 2008.

Principal especialidade:

Escultura de madeira

Outra atividade:

Comerciante.

Assinatura:
Assinatura no verso de relevo Irmã da Boa Morte 100 x 29 x 3,5 cm. Assinava Dori nos primeiros anos, mas passou a assinar Dory.(Foto – S. Pêpe, 2013)

Assinatura no verso de relevo Irmã da Boa Morte 100 x 29 x 3,5 cm. Assinava Dori nos primeiros anos, mas passou a assinar Dory.(Foto – S. Pêpe, 2013)

Dados biográficos:

Lourival Cardoso de Araújo nasceu em Cachoeira em 1949, cidade do Recôncavo da Bahia. Sobrinho dos escultores Boaventura da Silva Filho (Louco) e Clóvis Cardoso da Silva (Maluco) pela linha materna, irmão de José Cardoso (Doidão), que lhe ensinou a esculpir já adulto quando moravam em Salvador. Inicialmente assinava Dori, depois, Dory.

Em Salvador, nos anos 1970, manteve um bar na Ladeira da Montanha e tinha uma vida extravagante (SANTOS, 2012). Em 1978, foi convencido por seu irmão Doidão a voltar para Cachoeira (SANTOS, 2012; ARAÚJO, 2013), onde encontrou Bernadete Moreira dos Santos com quem teve mais três filhos, além de Dener, que sabe esculpir bem. Em casa Dory era chamado de Júlio.

Seu processo de criação se baseava no formato e veios da madeira. Talvez tenha sido dos escultores da sua família o mais fiel a esse procedimento ao longo da sua trajetória. Uma das características de seu trabalho é o rosto oval da figura humana.

Na cidade de Cachoeira, Dory teve ateliê próprio, que foi frequentado pelos escultores Maike e Mimo, os quais iniciou na escultura (CON/VIDA).

Preferia fazer representações de Cristo e escravos, o que se notava no prazer que tinha em mostrar tais figuras, várias delas bem originais. Também fez esculturas do Sagrado Coração de Jesus, relevos mostrando capoeiristas, baianas ou irmãs da Boa Morte. Os orixás foram tema constante, porque passaram a ser muito procurados, nos últimos anos, por turistas e praticantes do candomblé que também lhe encomendam além de Exus e outros orixás, gamelas. (ARAÚJO, Lourival, 2008) Espontaneamente, Dory classificou o seu trabalho como: “estilo negro ou cultura negra”. (ARAÚJO, 2008).

Como em geral se dá em Cachoeira, teve contato com a diversidade religiosa desde a infância. Quando criança ia às festas dos terreiros de candomblé de mãe Baratinha e mãe Filhinha, mas não manteve elo com essa religião, além daquele imposto pela profissão de escultor, atendendo a algumas encomendas. No final de sua vida preferia as imagens de Cristo às de orixá (ARAÚJO, 2008).

Vendeu muitos trabalhos, participou da Associação de Artistas e Animadores Culturais de Cachoeira e deixou esculturas expressivas, além de ter dado guarida aos mais jovens. Com problemas de saúde, faleceu aos 59 anos de idade. Seu ateliê continuou a ser utilizado para a venda de esculturas e relevos, sendo administrado por seus filhos e pela viúva, evangélicos há alguns anos.

Foi homenageado na Exposição Escultores de Cachoeira: Arte em Madeira (1912), realizada pela Fundação Hansen Bahia em parceria com a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

Participações em Salões, Bienais e coletivas:

1984 – Cachoeira, BA. Exposição Coletiva [13 de Maio], na Galeria do IPAC.

1987 – Cachoeira, BA – Exposição em Homenagem a Tamba e Bolão, no SPHAN.

1991 – São Félix, BA – I Bienal do Recôncavo, na Fundação Dannemann.

1992 – Cachoeira, BA – II Bienal de Cultura e Arte Negra, realizada em Salvador, com extensão em Cachoeira. (Organização: Núcleo Cultural Afro-Brasileiro, AAACC e IPAC), na Galeria do IPAC.

1993 – Salvador, BA, Exposição In Memoriam do Escultor Boaventura da Silva Filho – o “Louco”, no Museu Afro-Brasileiro. (Organização: CEAO-UFBA e AAACC).

1997/1998 – Salvador, BA – Brasil / Milwaukee, Winsconsin / Detroit, Michigan – USA – Exposição Coletiva Itinerante O Pelourinho! Popular Art from the historic heart of Brazil.

2002 – Cachoeira, BA – Cachoeira na Ótica dos Artistas Plásticos Cachoeiranos, na Câmara Municipal.

2005 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva, na Galeria do IPAC.

Participações póstumas em Salões, Bienais e coletivas:

2012 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva Escultores de Cachoeira, no Espaço Cultural Fundação Hansen  Bahia (em parceria com a UFRB).

 

 

Referências
Depoimentos:

ARAÚJO, José Cardoso de (Doidão). Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 10 de maio de 2013.

ARAÚJO, Lourival Cardoso de (Dory). Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 13 de junho de 2008.

CRUZ, Almir Oliveira (Mimo). Depoimentos concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 30 de abril de 2008, 8 de novembro de 2011 e 2 de outubro de 2012.

SANTOS, Bernadete Moreira. Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 5 de julho de 2012.

Eletrônicas seguidas dos links:

BAHIA! Exposição homenageia cultura e artistas do Recôncavo. Disponível em: http://bahia.com.br/noticias/exposicao-homenageia-cultura-e-artistas-do-reconcavo/  Acesso em: 16 ago 2013.

CON/VIDA Popular’s  Arts of the Americans (Detroit – USA). Dory. Disponível em: http://www.convida.org/dory.html Acesso em: 16 jul. 2013.

UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. CAHL – Centro de Artes, Humanidades e Letras. Exposição Escultores de Cachoeira: Arte em madeira. Postado em 23 mai. 2012. Disponível em: http://www.ufrb.edu.br/cahl/eventos/623-exposicao-escultores-de-cachoeira-arte-em-madeira Acesso em: 16 ago. 2013.

Periódicos:

CID Teixeira fala na Câmara de Cachoeira. A Tarde, Salvador, 16 ago 2002. Municípios. Caderno 4, p. 4.

EXPOSIÇÕES. Correio da Bahia. Salvador, 15 mai. 1987, 2º Caderno, p. 2.

COSTA, Alzira. Cachoeira revê o fim da escravidão. A Tarde. Salvador, 13 mai. 1987. Caderno 2,  p.1.

PÊPE, Suzane Pinho. Escultura e religiosidade afro-brasileira em Cachoeira. Revista Ohun, Salvador, n. 4. p. 33-59, 2008. Disponível em: http://www.revistaohun.ufba.br/pdf/Suzane_Pinho.pdf Acesso em: 15 mar. 2011.
Autoria

Autores(as) do verbete:

Suzane Pinho Pêpe

Data de inclusão:

14/02/2014

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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