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Maluco (Clóvis Cardoso da Silva)

(Itaberaba, Bahia, Brasil, década de 1930 – Salvador, Bahia, Brasil, 1975) Formação: Artista autodidata. Período de atividade:  Meados de 1960 – Até falecimento. Principal especialidade:  Escultura de madeira. Outras atividades: Comerciante, barbeiro. Dados biográficos: Clóvis Cardoso da Silva nasceu em Itaberaba (BA) e sua família transferiu-se para Cachoeira nos anos 1930, provavelmente, onde se fixou.[...]

CLÓVIS CARDOSO DA SILVA, MALUCO - Paraíso - Coleção particular, Cachoeira (BA)
Peça esculpida em raiz,. Exposta em 2012, na Exposição Coletiva Escultores de Cachoeira, no Espaço Cultural Fundação Hansen Bahia. (Cachoeira - BA)
CLÓVIS CARDOSO DA SILVA, MALUCO - Paraíso - detalhe - Coleção particular, Cachoeira (BA)
CLÓVIS CARDOSO DA SILVA, MALUCO - Paraíso - Coleção particular, Cachoeira (BA)
Peça esculpida em raiz,. Exposta em 2012, na Exposição Coletiva Escultores de Cachoeira, no Espaço Cultural Fundação Hansen Bahia. (Cachoeira - BA)
CLÓVIS CARDOSO DA SILVA, MALUCO - Paraíso - detalhe - Coleção particular, Cachoeira (BA)
Referências
Bibliográficas:

COIMBRA et. al. O reinado da lua: escultores populares do Nordeste. Recife: Caleidoscópio, 2010.

LARAIA, Roque  Barros.  Jardim do Éden revisitado. Revista Antropológica. São Paulo, vol.40, n.1, p. 149 – 164, 1997.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 16. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.                                                 

Depoimentos:

ARAÚJO, José Cardoso de Araújo (Doidão). Depoimentos concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 8 de julho de 2008.

CONCEIÇÃO, Jomar Lima da. Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 8 de março de 2012.

NASCIMENTO, Carlos Alberto Dias do (Fory). Depoimentos concedidos a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 22 de abril de 2008 e 8 de novembro de 2011.

SANTOS, José Carlos da Silva Santos.  Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Salvador, 9 de setembro de 2011.

SILVA, Celestino Gama da Silva (Louco Filho). Depoimentos concedidos a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 7 de maio de 2008 e 20 de junho de 2013.

SILVA, Luiz Carlos Berto da. Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Salvador, 1º fev. 2013.

Eletrônicas seguidas dos links:

BAHIA! Exposição homenageia cultura e artistas do Recôncavo. Disponível em: http://bahia.com.br/noticias/exposicao-homenageia-cultura-e-artistas-do-reconcavo/  Acesso em: 16 ago 2013.

MUSEU de Arte Popular promove exposição de obras do artista popular Louco. Disponível em: http://www2.recife.pe.gov.br/museu-de-arte-popular-promove-exposicao-de-obras-do-artista-popular-louco/ Acesso em: 20 set. 2013.

SOUZA, Camila. Artista baiano conhecido como O Louco ganha exposição no Sesc Casa Amarela. Disponível em: http://www.old.diariodepernambuco.com.br/viver/nota.asp?materia=20110617121902 Acesso em 20 set. 2013.

UFRB: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. CAHL: Centro de Artes, Humanidades e Letras. Exposição Escultores de Cachoeira: Arte em madeira. Postado em 23 mai. 2012. Disponível em: http://www.ufrb.edu.br/cahl/eventos/623-exposicao-escultores-de-cachoeira-arte-em-madeira Acesso em 16 ago. 2013.

Bibliografia sobre Clóvis Cardoso da Silva, Maluco:

Livros e catálogos:

PÊPE, Suzane Pinho. Escultura e religiosidade afro-brasileira em Cachoeira. Revista Ohun, Salvador, n. 4. p. 33-59, 2008. Disponível em: http://www.revistaohun.ufba.br/pdf/Suzane_Pinho.pdf Acesso em: 15 mar. 2011.

Periódicos:

CACHOEIRA não valoriza seus artistas populares. A Tarde. Salvador, 24 mar.1992. Municípios, p. 3.

(Itaberaba, Bahia, Brasil, década de 1930 – Salvador, Bahia, Brasil, 1975)

Formação:

Artista autodidata.

Período de atividade: 

Meados de 1960 – Até falecimento.

Principal especialidade: 

Escultura de madeira.

Outras atividades:

Comerciante, barbeiro.

Dados biográficos:

Clóvis Cardoso da Silva nasceu em Itaberaba (BA) e sua família transferiu-se para Cachoeira nos anos 1930, provavelmente, onde se fixou. Clóvis começou a desenvolver trabalhos escultóricos de madeira na cidade de Cachoeira em meados dos anos 1960, ao lado de seu irmão Boaventura da Silva Filho (Louco). Eles eram barbeiros e, enquanto esperavam clientes, utilizavam cascas de cajá para fazer pequenos cachimbos, aos quais foram acrescentando rostos. Também aproveitavam raízes para esculpir.

Adotou o nome artístico Maluco, depois que seu irmão, já chamado de “louco” na cidade de Cachoeira, passou a assinar as esculturas que fazia a conselho de um comerciante do Mercado Modelo (SILVA, Celestino, 2008; ARAÚJO, 2008; SANTOS, 2011). Autodidatas, seus processos resultavam em criações, que envolviam “novas coerências, relações e compreensões” estabelecidas pela atividade mental (OSTROWER, 2002, p. 9) e tinham força criativa.

Nos trabalhos de Maluco dominava a temática religiosa católica: figuras de santos, apóstolos e Cristo (COIMBRA et al., 2010, p.134). A sua escultura, intitulada Paraíso, dá ideia da produção dos irmãos barbeiros nos anos 1960, feita em raízes e galhos de árvore. Na sua interpretação do tema, entre troncos e serpentes, emergem um homem e uma mulher, que no discurso mítico da criação dos hebreus, são Adão e Eva. Esta, extraída da costela de Adão. O Paraíso simboliza a dualidade prazer / pecado, o lugar onde a primeira mulher e o primeiro homem desobedeceram a Deus, comendo o fruto proibido, o que resultou na perda da sua imortalidade. Mas esta não é a única versão desta história. Segundo Roque de Barros Laraia (1997, 153-154): “Os teólogos modernos acreditam que a serpente foi a forma tomada pelo demônio para tentar Eva. Existe também a crença de que Lilith teria se transformado em serpente para tentar Eva e se vingar de Adão.” Outra interpretação faz parte da tradição judaica:

[...] a serpente bíblica era um animal astucioso, que caminhava ereto sobre as duas pernas, falava e comia os mesmos alimentos que o homem. Quando viu como os anjos prestigiavam Adão, teve ciúme dele, e a visão do primeiro casal tendo relação sexual despertou na serpente o desejo por Eva. Por instigação de Satã ou Samael, ou, segundo algumas versões, possuída por ele, a serpente persuadiu Eva a comer o fruto proibido e seduziu-a [...] (UNTERMAN, 1992 apud LARAIA, 1997, p.154).

Não é ainda possível afirmar que Maluco tenha adentrado na temática afro-brasileira que marcou a escultura de seu irmão Louco e seguidores. Ele foi trabalhar em Londrina (Paraná). De volta à Bahia, não se sabe exatamente quando, uniu-se a Tereza dos Santos, viúva que tinha dois filhos, Almir Ferreira Neto e Adilson Robson Santos Ferreira, que passaram a ser criados pelo casal em Cachoeira. Estes aprenderam a esculpir em casa e se tornaram conhecidos como Maluco Filho (ou Maluquinho), e Filho de Maluco, respectivamente, já falecidos (ARAÚJO, 2008).
Pessoas da cidade de Cachoeira (CONCEIÇÃO, 2012; SILVA, 2013) e que trabalham no Mercado Modelo, em Salvador (SANTOS, 2011), lembram de Maluco como tão bom escultor quanto seu irmão, mas teve a sua atividade interrompida, junto com a sua companheira, vítimas de um acidente de carro em 1975. As informações a seu respeito são escassas e se repetem, mas é possível que a continuidade das pesquisas sobre a arte do Recôncavo permita ampliar os dados sobre esse personagem que, como o Louco, está à base da escultura religiosa produzida em Cachoeira a partir dos anos 1960.

Participações póstumas em Salões, Bienais e coletivas:

2011 – Recife, PE – “Boaventuranças: Um elogio da loucura”, na galeria do Sesc Casa Amarela.

2012 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva Escultores de Cachoeira, no Espaço Cultural Fundação Hansen   Bahia.

Participações póstumas em Salões, Bienais e coletivas: 

2011 – Recife, PE – “Boaventuranças: Um elogio da loucura”, na galeria do Sesc Casa Amarela.

2012 – Cachoeira, BA – Exposição Coletiva Escultores de Cachoeira, no Espaço Cultural Fundação Hansen   Bahia. 

 

 

Referências
Bibliográficas:

COIMBRA et. al. O reinado da lua: escultores populares do Nordeste. Recife: Caleidoscópio, 2010.

LARAIA, Roque  Barros.  Jardim do Éden revisitado. Revista Antropológica. São Paulo, vol.40, n.1, p. 149 – 164, 1997.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 16. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.                                                 

Depoimentos:

ARAÚJO, José Cardoso de Araújo (Doidão). Depoimentos concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 8 de julho de 2008.

CONCEIÇÃO, Jomar Lima da. Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 8 de março de 2012.

NASCIMENTO, Carlos Alberto Dias do (Fory). Depoimentos concedidos a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 22 de abril de 2008 e 8 de novembro de 2011.

SANTOS, José Carlos da Silva Santos.  Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Salvador, 9 de setembro de 2011.

SILVA, Celestino Gama da Silva (Louco Filho). Depoimentos concedidos a Suzane Pinho Pêpe. Cachoeira, 7 de maio de 2008 e 20 de junho de 2013.

SILVA, Luiz Carlos Berto da. Depoimento concedido a Suzane Pinho Pêpe. Salvador, 1º fev. 2013.

Eletrônicas seguidas dos links:

BAHIA! Exposição homenageia cultura e artistas do Recôncavo. Disponível em: http://bahia.com.br/noticias/exposicao-homenageia-cultura-e-artistas-do-reconcavo/  Acesso em: 16 ago 2013.

MUSEU de Arte Popular promove exposição de obras do artista popular Louco. Disponível em: http://www2.recife.pe.gov.br/museu-de-arte-popular-promove-exposicao-de-obras-do-artista-popular-louco/ Acesso em: 20 set. 2013.

SOUZA, Camila. Artista baiano conhecido como O Louco ganha exposição no Sesc Casa Amarela. Disponível em: http://www.old.diariodepernambuco.com.br/viver/nota.asp?materia=20110617121902 Acesso em 20 set. 2013.

UFRB: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. CAHL: Centro de Artes, Humanidades e Letras. Exposição Escultores de Cachoeira: Arte em madeira. Postado em 23 mai. 2012. Disponível em: http://www.ufrb.edu.br/cahl/eventos/623-exposicao-escultores-de-cachoeira-arte-em-madeira Acesso em 16 ago. 2013.

Bibliografia sobre Clóvis Cardoso da Silva, Maluco:

Livros e catálogos:

PÊPE, Suzane Pinho. Escultura e religiosidade afro-brasileira em Cachoeira. Revista Ohun, Salvador, n. 4. p. 33-59, 2008. Disponível em: http://www.revistaohun.ufba.br/pdf/Suzane_Pinho.pdf Acesso em: 15 mar. 2011.

Periódicos:

CACHOEIRA não valoriza seus artistas populares. A Tarde. Salvador, 24 mar.1992. Municípios, p. 3.
Autoria

Autores(as) do verbete:

Suzane Pinho Pêpe

Data de inclusão:

28/12/2013

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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One Response to “Maluco (Clóvis Cardoso da Silva)”

  1. Antonio Carlos d Silva

    Parabens aos irnaos(irmaos) q representaram junto c a familia tradicional baiana , belas obras d arte brasileira representados n universo , cono (como) escultores d altissima grandeza.! Posuo(Possuo) uma fabuloza obra assinada p MAlUCO(MALUCO)CCS d Oxala.ms(medidas) 80alt.20 larg.10d espessura

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