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José Antônio da Cunha Couto

COUTO, José Antônio (José Antônio da Cunha Couto, Salvador, 1 de maio de 1832 – Salvador, Bahia, Brasil 5 de novembro 1894). Principais especialidades: Retratista Pintor e Fotógrafo.   Biografia: Um dos primeiros fotógrafos baianos foi o pintor José Antônio da Cunha Couto (1832 – 1894), que antes de possuir uma formação acadêmica na pintura,[...]

Anúncio da Galeria de Pintura e Photographia J.A.C. Couto. Fonte Almanach da Província 1873, pg.03.
Anúncio da Galeria de Pintura e Photographia J.A.C. Couto. Fonte Almanach da Província 1873, pg.03.
Referências
Bibliográficas:

ALVES, Marieta. Dicionário de Artistas e Artífices na Bahia. Salvador: UFBA, 1976.

FABRIS, Anatereza (Org.). Fotografia Usos e Funções no século XIX. São Paulo: EDUSP, 1991.

KOSSOY, Boris. Dicionário histórico-fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910). São Paulo: Instituto Moreira Sales, 2002.

PEREIRA, Suzana Alice Silva. A pintura baiana na transição do Barroco ao Neoclássico.

Dissertação de Mestrado em Artes Visuais)- Escola de Belas Artes, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.

QUERINO, Manoel Raimundo. Artistas Bahianos. Salvador: Officinas da Empreza, 1911.

SAMPAIO, Maria Guimarães et al. A fotografia na Bahia 1839 – 2006. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo, Funcultura; Asa Foto, 2006.

COUTO, José Antônio (José Antônio da Cunha Couto, Salvador, 1 de maio de 1832 – Salvador, Bahia, Brasil 5 de novembro 1894).

Principais especialidades:

Retratista Pintor e Fotógrafo.

 

Biografia:

Um dos primeiros fotógrafos baianos foi o pintor José Antônio da Cunha Couto (1832 – 1894), que antes de possuir uma formação acadêmica na pintura, já atuava no ramo fotográfico desde 1868, como indica uma dedicatória escrita no verso de um Carte-de-visite de sua autoria. (SAMPAIO, 2006, p.22).

Anunciava suas atividades como “retratista, pintor e photographo”. Em sua galeria de Pintura e Photographia, tirava retratos em diversos tamanhos para álbum pelos melhores processos da época, inclusive oferecia a possibilidade de colorir as imagens. (Almanach da Província, 1873, p.03). Também oferecia vantagens no preço de suas encomendas “uma dúzia para álbum 5$000”. Em 1875 foi um dos integrantes da Exposição Bahiana. (KOSSOY, 2002, p. 116).

Couto ingressou no Lyceu de Artes e Ofícios da Bahia em 1877, e formou uma clientela estável composta por instituições laica e religiosa, pintando cenas bíblicas, santos, e personalidades. Ele foi possuidor de uma obra pictórica extensa, o retratista que mais produziu em seu tempo, conhecido pelo colorido e pelas expressões fisionômicas dos seus retratos (QUERINO, 1911, p. 84).

Em ALVES (1976, p.59) podemos encontrar que na data da sua morte o Diário da Bahia publica: “Artista de merecimento incontestável, J.A.C.C. viu premiado diversos trabalhos seus que exibiu em mais de uma exposição. Era excelente pintor de retratos, cujos traços saiam-lhe da paleta fidelíssima, revelando verdadeira maestria…”.

O vasto trabalho pictórico de Couto pode ser encontrado hoje em muitas Instituições como: Liceu de Artes e Ofícios, Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, Santa Casa da Misericórdia, Faculdade de Medicina da Bahia, Museu de Arte da Bahia, Mosteiro de São Bento, entre outros.

Couto utilizava o método foto – pintura em suas fotografias, e ao que tudo indica também usava a fotografia como um recurso na execução de suas pinturas, inicialmente obtendo o retrato por meio fotográfico num carte-de-visite e posteriormente ampliando sobre a tela, poupando a sua clientela das longas esperas nas sessões de pose exigidas pela pintura tradicional.

Embora alguns autores (Vânia Carneiro de Carvalho e Solange Ferraz de Lima em Ana Teresa Fabris 1991) comentem sobre a ausência de registros no Brasil de uma resistência no período oitocentista entre a fotografia e a pintura, existe um manuscrito que contraria esta questão. Encontrado pelo historiador Carlos Ott, em 1947, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, o manuscrito anônimo: “Noções sobre a procedência d’arte de pintura na Província da Bahia”, presumivelmente segundo o historiador, o texto foi escrito entre 1866 e 1876. O documento cita muitos pintores do período inclusive, superficialmente, José Antonio da Cunha Couto e reserva algumas linhas para a relação que os fotógrafos da época tinham com a fotografia. “…sim, a fotografia é aqui novo instrumento de morte e asfixiação da bela arte da pintura. O fotógrafo se anuncia por artista consumado como poderia anunciar hábil músico e pianista o tangedor da manivela de um realejo!”.

Para PEREIRA (2005), o uso da fotografia em Couto era autônomo da probabilidade de uma motivação pessoal, ele se aproveitava da técnica fotográfica, sem fazer nenhuma resistência ao meio, visando sua sobrevivência econômica, sendo esta uma característica comum no perfil dos pintores oitocentistas brasileiros.

Seus estabelecimentos principais foram:

1868 – Ladeira da Conceição nº15 Salvador

1873 – Largo do Theatro n°35, Salvador

1889 – Rua do Palácio nº32, Itapagipe, Salvador

1892 – Praça Castro Alves, sn Salvador.

Conforme Kossoy (2002, p. 116), a volta em 1892 ao centro da cidade, Praça Castro Alves foi ao que tudo indica o seu ultimo endereço comercial.

Referências
Bibliográficas:

ALVES, Marieta. Dicionário de Artistas e Artífices na Bahia. Salvador: UFBA, 1976.

FABRIS, Anatereza (Org.). Fotografia Usos e Funções no século XIX. São Paulo: EDUSP, 1991.

KOSSOY, Boris. Dicionário histórico-fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910). São Paulo: Instituto Moreira Sales, 2002.

PEREIRA, Suzana Alice Silva. A pintura baiana na transição do Barroco ao Neoclássico.

Dissertação de Mestrado em Artes Visuais)- Escola de Belas Artes, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.

QUERINO, Manoel Raimundo. Artistas Bahianos. Salvador: Officinas da Empreza, 1911.

SAMPAIO, Maria Guimarães et al. A fotografia na Bahia 1839 – 2006. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo, Funcultura; Asa Foto, 2006.
Autoria

Autores(as) do verbete:

Telma Cristina Damasceno Silva-Fath

Data de inclusão:

23/04/2014

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

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One Response to “José Antônio da Cunha Couto”

  1. Raimundo Nazaré

    Gostei de saber que J. Couto foi um grande pintou negro oitocentista que ingressou no Liceu de Artes e Ofícios, deixandouna de suas obra; uma tela de D. Pedro II datada de 1880.

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