Palavra Chave
A-Z
Termo a ser pesquisado:      
Buscar apenas no título dos verbetes       Buscar em todo o dicionário
Letra inicial:
Carybé
Carybé Retrato

Carybé foi um artista que exercitou magistralmente diversas técnicas, assomou seu talento e seu desenho ágil aos esforços renovadores da primeira geração moderna da Bahia, incluindo a realização de inúmeros murais em diversos estados brasileiros e no exterior, meio de preferência do artista, especialmente as obras que permitiam acesso público. Destacou-se como muralista, desenhista, ilustrador de livros, pintor e escultor.

Carybé. Panorâmica de Salvador, 1950. Têmpera sobre parede, 2 x 6 m. Escola Classe II, bairro de Pero Vaz, Salvador
Carybé. Fundo de quintal, 1950. Óleo sobre madeira, 60 x 50 cm
Carybé. A louca dos cachorros, 1950. Guache sobre papelão, 46 x 38 cm
Carybé. Mural no Cine Glauber Rocha, 1953. Esgrafito sobre reboco fresco, dimensões variadas. Salvador
Carybé. Mural na fachada lateral do Edifício Bráulio Xavier, 1964. Concreto, 15 x 5 m. Salvador
Carybé. Visitação de Exú à rua do Açouguinho, 1972. Xilogravura em cores do álbum Visitações à Bahia, 70 x 50 cm
Carybé. Serra do Cupim, 1965. Óleo sobre tela, 65 x 65 cm. Acervo Museu de Arte Moderna da Bahia
Carybé. Ossaniyn, 1968. Entalhe em cedro, 3 x 1 x 0,10 m. Acervo Museu Afro-Brasileiro da Ufba. Salvador
Carybé. Pórtico do Parque de Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia. Ferro, dimensões variadas. Acervo Museu de Arte Moderna da Bahia. Foto: Rômulo e Valentino Fialdini
Carybé. Exú, 1968. Entalhe em cedro, 3 x 1 x 0,10 m. Acervo Museu Afro-Brasileiro da Ufba. Salvador
Carybé. Panorâmica de Salvador, 1950. Têmpera sobre parede, 2 x 6 m. Escola Classe II, bairro de Pero Vaz, Salvador
Carybé. Fundo de quintal, 1950. Óleo sobre madeira, 60 x 50 cm
Carybé. A louca dos cachorros, 1950. Guache sobre papelão, 46 x 38 cm
Carybé. Mural no Cine Glauber Rocha, 1953. Esgrafito sobre reboco fresco, dimensões variadas. Salvador
Carybé. Mural na fachada lateral do Edifício Bráulio Xavier, 1964. Concreto, 15 x 5 m. Salvador
Carybé. Visitação de Exú à rua do Açouguinho, 1972. Xilogravura em cores do álbum Visitações à Bahia, 70 x 50 cm
Carybé. Serra do Cupim, 1965. Óleo sobre tela, 65 x 65 cm. Acervo Museu de Arte Moderna da Bahia
Carybé. Ossaniyn, 1968. Entalhe em cedro, 3 x 1 x 0,10 m. Acervo Museu Afro-Brasileiro da Ufba. Salvador
Carybé. Pórtico do Parque de Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia. Ferro, dimensões variadas. Acervo Museu de Arte Moderna da Bahia. Foto: Rômulo e Valentino Fialdini
Carybé. Exú, 1968. Entalhe em cedro, 3 x 1 x 0,10 m. Acervo Museu Afro-Brasileiro da Ufba. Salvador
Referências
Bibliográficas:

AMADO, Jorge. Bahia de todos os santos: guia de ruas e mistérios. 40. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. 410 p.

BERNABÓ, Ramiro. Devaneios com Ramiro Bernabó. Disponível em: <www.irdeb.ba.gov.br/soteropolis/?p=2546>. Acesso em: 17 abr. 2014.

FURRER, Bruno (Org.). Carybé. Salvador: Fundação Emílio Odebrecht, 1989. 452 p. Biografia do artista por Gardênia Melo.

JESUS, José Barreto de (Org.). Carybé & Verger: gente da Bahia. Salvador: Fundação Pierre Verger: Solisluna Design Editora, 2008. 168 p. (Entreamigos).

MIDLEJ, Dilson. Uma escritura de imagens: Jorge Amado e as artes visuais na Bahia. In: Anais do 22o Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas. Belém: Anpap, 2013. CD-ROM. ISBN: 9788560639021.

______. Museu de Arte Moderna da Bahia: Parque das esculturas. Salvador: Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, 2008. 78 p.

ROCHA, Wilson. Artes plásticas em questão. Salvador: Omar G., 2001. 368 p. il.

Eletrônicas seguidas dos links:

CARYBÉ. Enciclopedia Itaú Cultural Artes Visuais. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1374&cd_idioma=28555>. Acesso em: 16 abr. 2014.

CARYBÉ. Wikipedia: a enciclopedia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Carybé>. Acesso em: 16 abr. 2014.

INSTITUTO CARYBÉ. Disponível em: <https://pt-br.facebook.com/InstitutoCarybe>. Acesso em: 16 abr. 2014.

Bibliografia sobre o artista:

Livros e catálagos:

BIENAL, Nacional de Artes Plásticas (Primeira). Textos de Hildete de Britto Lomanto, Clarival do Prado Valladares, Wilson Rocha et al. Salvador: Imprensa Oficial da Bahia, 1966. Não paginado, il. (Catálogo da exposição de 28 dez. 1966 a 28 fev. 1967).

COELHO, Ceres Pisani Santos. Artes plásticas: movimento moderno na Bahia. 1973. 223 f. il. Tese (concurso para professor Assistente) - Departamento I, EBA / Ufba. Salvador.

MORAIS, Frederico. Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro, 1816-1994. Rio de Janeiro: Top books, 1995. 560 p.

MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA. Textos de Denise Mattar, Antonio Riserio e Heitor Reis. São Paulo, 2002. 288 p. il.

PORTUGAL, Claudius Hermenn. Outras cores: 27 artistas da Bahia: reportagens plásticas. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, 1987. 105 p. (Casa de palavras).

VALLADARES, José. Artes Maiores e menores: seleção de crônicas de arte 1951-1956. Salvador: Universidade da Bahia, 1957. 184 p. il.

Hector Julio Páride Bernabó (7 de fevereiro de 1911, em Lanús, província de Buenos Aires, Argentina – Salvador, BA, 1 de outubro de 1997).

Retrato:
Carybé Retrato

Detalhe de foto de Gerard L. Fortin. Fonte: livro Carybé, de Bruno Furrer, 1989, p. 371

Formação:

1928 – Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde cursa durante dois anos.

1949 – Curso de arte noturno, em Buenos Aires, o qual abandonou pouco tempo depois.

 

Período de atividade:

1939 a 1997.

 

Principais especialidades:

Muralista, desenhista, pintor e escultor.

 

Outras atividades:

Músico (pandeirista), desenhista publicitário, jornalista.

 

Assinatura:

 Carybé - Assinatura

Assinatura constante do livro Carybé, de Bruno Furrer, 1989, p. 41

 

Dados biográficos:

Carybé (Hector Julio Páride Bernabó) nasceu em Lanús, província de Buenos Aires, Argentina, em 7 de fevereiro de 1911, filho do italiano Enea Bernabó e da gaúcha Constantina (JESUS, 2008, p. 14) cuja família provinha tanto da cidade brasileira de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, quanto de Posadas, às margens do Rio Paraná, fronteira da Argentina com o Brasil. Casaram-se em Posadas e tiveram cinco filhos: Arnaldo, nascido no Brasil (e que chegou a ter um atelier de cerâmica, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro), Zora e Delia, nascidas no Paraguai, Roberto e Hector, nascidos na Argentina. (FURRER, 1989, p. 434).

Naquele mesmo ano de 1911 a família muda-se para Fivizzano, cidade natal de Enea Bernabó, na região italiana da Toscana e, depois, para Gênova, Itália. Três anos depois ocorre nova mudança, dessa vez para Roma, pois Enea tornara-se chefe de contabilidade da siderúrgica Ilva e em 1919, preocupada com a recessão pós Primeira Guerra Mundial de 1914, a família retorna à América do Sul e se estabelece no Rio de Janeiro. (FURRER, 1989, p. 434).

No Rio de Janeiro, aos oito anos de idade e escoteiro do Clube de Regatas do Flamengo, Hector integrava uma tropa cujos membros eram identificados por apelidos de nomes de peixes e Hector, então, escolhe ser chamado de Carybé, um pequeno peixe amazônico[1]. Aquele apelido passaria a ser sua assinatura artística.

Em 1928, aos 17 anos, ingressa na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e cursa durante dois anos. O irmão Roberto consegue contratos para realizar as decorações carnavalescas dos hotéis Gloria e Copacabana Palace. Os três irmãos trabalham naqueles projetos e o dinheiro ganho favorece a decisão do pai em retornar para a Argentina e lá, em 1938, os irmãos Bernabó são contratados pelo jornal El pregón. Dado a esse vínculo profissional, Carybé viaja a outros países e de cada cidade visitada mandava desenhos e uma breve reportagem sobre suas impressões dos locais, o que possibilitou a ida a Montevidéu, Paranaguá, Santos, Rio de Janeiro, às cidades históricas de Minas Gerais, Vitória e, por fim, Salvador. Excetuando os dois anos em que cursou a Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, o restante da formação artística de Carybé se deve, desde cedo, ao convívio e à prática de desenho, pintura e queima de cerâmica orientada pelos irmãos. O artista, mais tarde, atribui a seu irmão Roberto quase tudo o que sabia (FURRER, 1989, p. 143 e 156). Quando retorna com a família para Buenos Aires, a Escola de Belas Artes de lá não aceita a transferência do seu curso do Brasil e ele, então, se matricula em um curso de arte noturno, o qual abandona pouco tempo depois. (FURRER, 1989, p. 434).

A estadia em Salvador como emissário de El pregón se conclui com a notícia recebida que o jornal tinha falido e os irmãos, sem dinheiro para mandar para Carybé, desejaram-lhe boa sorte. Carybé passou seis meses na Bahia desenvolvendo trabalhos diversos para sobreviver e consegue retornar a Buenos Aires, onde realiza sua primeira exposição em 1939, no Museu Municipal de Belas Artes, juntamente com o desenhista suíço radicado em Buenos Aires, Clement Moreau.

Retorna à Bahia pela segunda vez em 1941, em viagem de caminhão de Juazeiro para Salvador, e segue com o amigo Mauricio Costa para o Nordeste e Norte do país. Em 1944 realiza sua terceira viagem à Bahia, ocasião na qual aprende capoeira com mestre Bimba, frequenta candomblés (notadamente o de Joãozinho da Goméia), desenha e pinta e se deixa enfeitiçar pelos encantos da pitoresca cidade. No ano seguinte realiza sua quarta exposição individual e a primeira no Brasil, no Instituto de Arquitetos do Brasil, no Rio de Janeiro. Em 1946 casa-se com Nancy, na Argentina, e passam a lua-de-mel no Rio de Janeiro. E, por fim, é em dezembro de 1949, após o natal, que Carybé e a esposa deixam a Argentina e vem morar no Brasil. Carybé havia recebido um bilhete do jornalista, poeta e colecionador de arte Odorico Tavares, no qual dizia que conversara com Anísio Teixeira e este confirmara que Carybé fosse à Bahia (FURRER, 1989, p. 66) como resultado da carta do amigo embaixador, escritor e jornalista Rubem Braga endereçada a Anísio Teixeira, Secretário de Educação da Bahia, na qual solicitava trabalho para Carybé. “Quando Carybé veio para Salvador, já tinha atingido a estatura de um grande artista”, escreveu José Valladares em 1958, no catálogo da exposição do artista na Bodley Gallery, em Nova York. Carybé aporta em Salvador em primeiro de janeiro de 1950, dia festivo em que ocorre a procissão marítima do Senhor Bom Jesus dos Navegantes. Originaram-se dessas chegadas por mar à cidade baiana a impressão do artista retratada na pintura mural em tempera, Panorâmica de Salvador, para a Escola Classe no. 2 do Centro Educacional Carneiro Ribeiro, obra já fruto do acolhimento do pedido de Rubem Braga a Anísio Teixeira. Panorâmica de Salvador, primeiro trabalho demandado a Carybé por Anísio Teixeira é, sobretudo, um registro poético de como o artista sentia e percebia a cidade, sua fulgurante luminosidade e sínteses geometrizadas e simplificadas do fantástico cenário citadino avistado por mar e cuja afeição fora se construindo paulatinamente nas viagens anteriores, ocasiões nas quais descobre a “nova terra” adotiva. O artista assim se referiu à Bahia e à experiência da chegada à cidade, a bordo do navio Itanagé:

 

O gosto da Bahia, como um vinho, vinha-se sazonando dentro de mim há 12 anos, desde o primeiro encontro em 1938, dia mágico em que, numa clara manhã de agosto, de um risco verde no horizonte a Bahia surgiu do mar.

E a cidade veio vindo, veio vindo ao meu encontro, cada vez mais luminosa, cada vez mais definida, até que ela toda atracou no Itanagé. A cidade que já estava gravada em sonhos pelos livros de Jorge Amado e pelas canções de Caymmi.

Aí, nesse ano, definitivamente, fui tarrafeado por sua luz, sua gente, seu mar, sua terra, suas coisas… (CARYBÉ apud JESUS, 2008, p. 24).

 

É deste mesmo ano de 1950 a primeira individual do artista na Bahia, no Bar Anjo Azul, famoso espaço inaugurado no ano anterior pelo antiquário José de Souza Pedreira e decorado com afrescos de Carlos Bastos.

Carybé pertence à primeira geração modernista da Bahia, representada em um primeiro momento por Mario Cravo Júnior, Genaro de Carvalho e Carlos Bastos, e à qual se juntaram em seguida Carybé, Rubem Valentim, Lygia Sampaio e Jenner Augusto, dentre outros. (MIDLEJ, 2007-2008, f. 1).

Carybé foi um artista que exercitou magistralmente diversas técnicas, assomou seu talento e seu desenho ágil aos esforços renovadores da primeira geração moderna da Bahia, incluindo a realização de inúmeros murais e ilustrações para livros.

Carybé teve dois filhos: Ramiro Bernabó, nascido em Buenos Aires em 1947 (BERNABÓ, não paginado) e que mais tarde tornar-se-ia escultor, e Solange, nascida em 1953, mesmo ano em que executa os murais em esgrafito sobre reboco fresco no antigo Cine Guarani (hoje Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha). Neste mural retrata índios guaranis estilizados caçando e guerreando e, com esta obra, inicia uma profícua e constante produção de grandes dimensões físicas e em técnicas variadas, em espaços públicos e privados ao longo da década de 1960, dentre as quais podem ser citadas: o mural em concreto da fachada lateral do Edifício Desembargador Bráulio Xavier, na Praça Castro Alves, em Salvador; o mural em concreto para a fábrica da Willys, em Recife, Pernambuco; o mural em óleo sobre madeira para o Banerj, no Rio de Janeiro; o mural em concreto para o Bradesco, na rua Chile, em Salvador; e as 27 fabulosas pranchas em madeira para o Banco da Bahia, intituladas Os orixás, remanejadas para o Museu Afro-Brasileiro da Ufba, no Terreiro de Jesus, em Salvador, após a extinção do banco.

Carybé (apud FURRER, 1989, p. 142) afirmou em 1973 ao jornal paulistano Última Hora que gostava de ouvir a opinião dos outros, acatava as sugestões de carpinteiros, ferreiros ou pedreiros com os quais trabalhava e sabia quando um mural estava indo bem quando o servente de pedreiro lhe fazia alguma pergunta sobre a obra. Segundo Jenner Augusto (apud FURRER, 1989, p. 154), Carybé “sonhava com um movimento muralista semelhante ao do México” e o próprio artista declarou ainda em 1973 ao jornal Última Hora: “Sou mais muralista que pintor, preferindo fazer as coisas que sejam para todo mundo, que um quadro que fique numa sala compondo ambiente” (CARYBÉ apud FURRER, 1989, p. 156) e caracterizava-se “Sou um operário do pincel e trabalho uma média de quatorze horas por dia” (FURRER, 1989, p. 143).

Em 1955 ganha o Primeiro Prêmio Nacional de Desenho na 3ª Bienal de São Paulo, certame o qual já participara nas duas edições anteriores (do ano de 1951, a primeira edição da Bienal, e de 1953). A Bienal o homenagearia com Sala Especial na sua sexta edição, em 1961.

Naturaliza-se brasileiro aos 46 anos, em 1957 e, neste mesmo ano, é confirmado Obá de Xangó do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá.

Os elementos principais na obra de Carybé são o movimento e o ritmo e ele não gostava de quadros que retratassem apenas uma figura (FURRER, 1989, p. 144 e 150). Variava pintando no cavalete durante um ano, revezando depois com a xilogravura, daí passando para o mosaico e assim deu continuidade à sua produção, conforme noticiado em O Globo, em 16 de junho de 1971 (FURRER, 1989, p. 144). Sua pintura se ocupava do povo, “povo” entendido não como miserável, mas como dono tanto do espaço nos quadros como do chão onde pisam (FURRER, 1989, p. 156), arte à qual o crítico baiano Wilson Rocha (2001, p. 55) destaca que “[...] o povo se encontra e se reconhece nela”. Ainda acerca das características das obras de Carybé, Wilson Rocha (2001, p. 55) comenta:

 

O desenho vibrante e a pintura de forte cromatismo que animam a linguagem plástica de Carybé parecem seguir e continuar as raízes profundas do passado de tradições do povo da Bahia, um povo lúdico, dançante, de um misticismo dramático e de uma ancestralidade pungente. Todas as manifestações do artista guardam vínculos diretos efetivos com a vida, os costumes e as atividades do povo.

 

Carybé percebia “popular” como atual, vida se fazendo, sendo vivida e que desabrocha todos os instantes em mil surpresas. Por isso o artista declarou à revista Ele e ela, em 1981, que os “primeiros lugares que visito em qualquer cidade são as feiras e mercados. Só depois é que vou aos museus” (CARYBÉ apud FURRER, 1989, p. 157).

Quatorze peças desse artista, a maioria constituída de gravuras e guaches, compõem o acervo do Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM-BA, das quais se destaca o óleo sobre tela Serra do cupim, de 1965, em que a simplificação formal e colorística ajuda a criar a atmosfera enigmática e misteriosa, indício da inclinação do artista para a fabulação e a magia. É também de sua autoria um mural em concreto e os gradis que circundam um mirante na entrada do Museu, na Avenida Contorno, em Salvador (MIDLEJ, 2007-2008, f. 25), dos quais se ergue um pórtico de ferro que dá acesso ao Parque de Esculturas do Museu e uma das últimas obras executadas por Carybé. (MIDLEJ, 2008, p.14-16)

A obra literária de Jorge Amado (1912-2001) incentivou muitos dos seus leitores a visitar a Bahia e, dentre estes, estava Carybé. Quando Carybé veio a primeira vez à Bahia, em 1938, já havia lido Jubiabá[2] “e não acreditava que a cidade fosse assim. Acontece que, para minha surpresa, era como Jorge Amado descrevia” (JESUS, 2008, p. 27). Segundo a viúva do artista, Nancy Bernabó, foi neste mesmo ano que ele conheceu o escritor (JESUS, 2008, p. 27) com quem manteria estreito vínculo de amizade e, adicional a isso, ilustrou vários livros de Jorge Amado ou edições especiais com tiragens limitadas, a exemplo do álbum Das visitações na Bahia, de 1974, para o qual Carybé criou sete xilogravuras.

Também Carybé comungava com o escritor outra característica que qualificava ainda mais suas virtudes: o bom gosto e a facilidade no uso das palavras em textos sobre seus colegas artistas. Pode-se perceber essa qualidade literária de Carybé no acréscimo ao comentário de Jorge Amado de que as pedras do calçamento do Pelourinho “são negras como os escravos que as assentaram, mas quando o sol do meio-dia brilha mais intensamente, elas possuem reflexos cor de sangue”, aludindo aos castigos infligidos aos negros no pelourinho, ao sangue que correu sobre elas e definindo a beleza do Pelourinho como “feita de pedra e sofrimento” (AMADO, 1996, p. 73) e cenário ao qual Carybé (apud AMADO, 1996, p. 74) complementa: “Fatigada praça oblíqua cansada de ver”, aludindo poeticamente à inclinação da praça (por ser uma ladeira) e aos acontecimentos históricos ali protagonizados.

Os 70 anos de idade do artista foram comemorados no dia oito de maio de 1981 por cerca de 15 mil pessoas que  comparecem ao Largo do Pelourinho. (FURER, 1989, p. 439).

Carybé falece em Salvador, em primeiro de outubro de 1997, deixando um significativo acervo de obras que ilustram os valores artísticos modernistas e as culturas popular e religiosa baianas.

 


[1] Em algumas regiões do Brasil caribé [com “i” mesmo] também denomina comida preparada com polpa de abacate, angu de farinha e pirão feito para mulher parida e, noutras, pequena coruja. (JESUS, 2008, p. 14).

[2] Jubiabá é o quarto livro de Jorge Amado lançado no Brasil em 1933 e traduzido para 11 línguas. A 56ª tiragem, da Editora Record, de 1999, apresenta ilustrações de Carybé. (JESUS, 2008, p. 46).

 

Mostras individuais:

1943 – Buenos Aires, Argentina – Primeira individual, na Galeria Nordiska.

1944 – Salta, Argentina – Individual, no Consejo General de Educacion.

1945 – Buenos Aires, Argentina – Motivos de América, na Galeria Amauta.

1945 – Rio de Janeiro, RJ – Individual, no Instituto de Arquitetos do Brasil-RJ.

1945 – Salta, Argentina – Individual, na Amigos del Arte.

1947 – Salta, Argentina – Individual, na Agrupación Cultural Feminina.

1950 – Salvador, BA – Primeira individual na Bahia, no Bar Anjo Azul.

1950 – São Paulo, SP – Individual, no Museu de Arte de São Paulo – Masp.

1952 – São Paulo, SP – Individual, no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM-SP.

1954 – Salvador, BA – Individual, na Galeria Oxumaré.

1957 – Buenos Aires, Argentina – Individual, na Galeria Bonino.

1957 – Nova York, Estados Unidos – Individual, na Bodley Gallery.

1958 – Nova York, Estados Unidos – Individual, na Bodley Gallery.

1962 – Salvador, BA – Individual, no Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM-BA.

1963 – Rio de Janeiro, RJ – Individual, na Galeria Bonino.

1965 – Rio de Janeiro, RJ – Individual, na Galeria Bonino.

1966 – São Paulo, SP – Individual, na Galeria Astréa.

1967 – Rio de Janeiro, RJ – Individual, na Galeria Santa Rosa.

1969 – Londres, Inglaterra – Individual, na Varig Airlines.

1970 – Rio de Janeiro, RJ – Individual, na Galeria da Praça.

1971 – Brasília, DF – Painel dos orixás, no MAM-DF.

1971 – Curitiba, PR – Painel dos orixás, na Biblioteca Pública do Paraná.

1971 – Florianópolis, SC – Painel dos orixás, na Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina.

1971 – Porto Alegre, RS – Painel dos orixás, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.

1971 – Rio de Janeiro, RJ – Individual, no MAM-RJ.

1971 – Rio de Janeiro, RJ – Painel dos orixás, no MAM-RJ.

1971 – São Paulo, SP – Individual, em A Galeria.

1971 – São Paulo, SP – Painel dos orixás, no MAM-SP.

1972 – Fortaleza, CE – Painel dos orixás, no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará.

1972 – Recife, PE – Painel dos orixás, no Teatro de Santa Isabel.

1973 – São Paulo, SP – Individual, em A Galeria.

1976 – Salvador, BA – Individual, na Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo.

1980 – São Paulo, SP – Individual, em A Galeria.

1981- Lisboa, Portugal – Individual, no Cassino Estoril.

1982 – São Paulo, SP – Individual, em A Galeria.

1982 – São Paulo, SP – Individual, na Renot Galeria de Arte.

1983 – Nova York, Estados Unidos – Iconografia dos deuses africanos no candomblé da Bahia, no Caribbean Cultural Center.

1984 – Cidade do México, México – Individual, no Museo Nacional de las Culturas.

1984 – Filadélfia, Estados Unidos – Individual, no Philadelphia Arts Institute.

1984 – México – Individual, no Museo Nacional de Las Culturas.

1984 – São Paulo, SP – Individual, na Nova André Galeria.

1986 – Lisboa, Portugal – Individual, no Cassino Estoril.

1986 – Salvador, BA – As artes de Carybé, no Núcleo de Artes do Desenbanco.

1989 – Lisboa, Portugal – Individual, no Cassino Estoril.

1989 – São Paulo, SP – Individual, no Museu de Arte de São Paulo – Masp.

1995 – Belo Horizonte, MG – Individual, na Nuance Galeria de Arte.

1995 – Campinas, SP – Individual, na Galeria Croqui.

1995 – Cuiabá, MT – Individual, na Só Vi Arte Galeria.

1995 – Curitiba, PR – Individual, na Galeria de Arte Fraletti e Rubbo.

1995 – Fortaleza, CE – Individual, na Galeria Casa D’Arte.

1995 – Foz do Iguaçu, PR – Individual, na Ita Galeria de Arte.

1995 – Goiânia, GO – Individual, na Época Galeria de Arte.

1995 – Porto Alegre, RS – Individual, na Bublitz Decaedro Galeria de Artes.

1995 – Salvador, BA – Individual, na Oxum Casa de Arte.

1995 – São Paulo, SP – Individual, na Artebela Galeria Arte Molduras.

1995 – São Paulo, SP – Individual, na Casa das Artes Galeria.

1995 – São Paulo, SP – Individual, na Documenta Galeria de Arte.

 

Participações em Salões, Bienais e coletivas:

1939 – Buenos Aires, Argentina – Exposição Carybé e Clement Moreau, no Museu Municipal de Belas Artes.

1943 – Buenos Aires, Argentina – 29º Salon de acuarelistas y grabadores. Primeiro prêmio.

1946 – Buenos Aires, Argentina – Desenhos de artistas argentinos, na Galeria Kraft.

1948 – Washington, Estados Unidos da América – Artists of Argentina, na Pan American Union Gallery.

1949 – Buenos Aires, Argentina – Carybé e Gertrudis Chale, na Galeria Viau.

1949 – Salvador, BA – 1º Salão baiano de belas artes, no Hotel da Bahia.

1950 – Salvador, BA – 2ª Salão baiano de belas artes, na Galeria Belvedere da Sé.

1950 – São Paulo, SP – Coletiva, no MAM-SP.

1951 – Salvador, BA – 3º Salão baiano de belas artes, na Galeria Belvedere da Sé.

1951 – São Paulo, SP – 1ª Bienal internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon.

1952 – Feira de Santana, BA – 1ª Exposição de Arte Moderna de Feira de Santana, no Banco Econômico.

1952 – Salvador, BA – 3º Salão baiano de belas artes, no Belvedere da Sé.

1952 – São Paulo, SP – Coletiva, no MAM-SP.

1953 – Recife, PE – Mario Cravo Júnior e Carybé, no Teatro de Santa Isabel.

1953 – São Paulo, SP – 2ª Bienal internacional de São Paulo, no MAM-SP.

1954 – Salvador, BA – 4º Salão baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia. Medalha de bronze.

1955 –  São Paulo, SP – 3ª Bienal internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações. Primeiro prêmio desenho.

1956 – Salvador, BA – Artistas modernos da Bahia, na Galeria Oxumaré.

1956 – Veneza, Itália – 28ª Bienal de Veneza.

1957 – Rio de Janeiro, RJ – 6º Salão nacional de arte moderna.

1957 – Rio de Janeiro, RJ – 6º Salão nacional de arte moderna. Isenção de júri.

1957 – São Paulo, SP – Artistas da Bahia, no MAM-SP.

1958 – Nova York, Estados Unidos da América – Works by Brazilian Artists, no MoMA.

1958 – São Francisco, Estados Unidos da América – Works by Brazilian Artists, no Fine Arts Museums of San Francisco.

1958 – Washington, Estados Unidos da América – Works by Brazilian Artists, na Pan American Union.

1959 – Salvador, BA – Artistas modernos da Bahia, na Escola de Odontologia.

1959 – Seattle, Estados Unidos da América – 30º International Exhibition, no Seattle Art Museum.

1961 – São Paulo, SP – 6ª Bienal internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho. Sala especial.

1963 – Lagos, Nigéria – Brazilian Contemporary Artists, no Nigerian Museum.

1963 – São Paulo, SP – 7ª Bienal internacional de São Paulo, na Fundação Bienal.

1964 – Salvador, BA – Exposição de natal, na Galeria Querino.

1966 – Bagdá, Iraque – Coletiva, patrocinada pela Fundação Calouste Gulbenkian.

1966 – Madri, Espanha – Artistas da Bahia, no Instituto de Cultura Hispânica.

1966 – Roma, Itália – Coletiva, no Palácio Piero Cartona.

1966 – Salvador, BA – 1ª Bienal nacional de artes plásticas (Bienal da Bahia). Sala especial.

1966 – Salvador, BA – Desenhistas da Bahia, na Galeria Convivium.

1967 – Salvador, BA – Exposição coletiva de natal, na Panorama Galeria de Arte.

1967 – São Paulo, SP – Artistas da Bahia, em A Galeria.

1968 – São Paulo, SP – Artistas baianos, em A Galeria.

1969 – Londres, Inglaterra – Coletiva, na Tryon Gallery.

1969 – São Paulo, SP – 1º Panorama de arte atual brasileira, no MAM-SP.

1969 – São Paulo, SP – Carybé, Carlos Bastos e Mario Cravo Jr., na Galeria de Arte Portal.

1970 – Liverpool, Inglaterra – 12 Artistas contemporâneos brasileiros, na The University of Liverpool.

1970 – Porto Alegre, RS – Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Instituto de Artes da UFRGS.

1970 – Rio de Janeiro, RJ – Pintores da Bahia, na Galeria Marte 21.

1970 – Salvador, BA – Exposição de reinauguração da Panorama Galeria de Arte.

1970 – São Paulo, SP – Exposição de natal, na Galeria Irlandini.

1971 – São Paulo, SP – 11ª Bienal internacional de São Paulo, na Fundação Bienal. Sala especial.

1971 – São Paulo, SP – 3º Panorama de arte atual brasileira, no MAM-SP.

1972 – Recife, PE – Arte baiana hoje, no Hotel Miramar.

1972 – São Paulo, SP – 50 Anos de arte moderna no Brasil, em A Galeria.

1972 – São Paulo, SP – Arte/Brasil/hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio.

1973 – Belo Horizonte,  MG – Jorge Amado e os artistas de Teresa Batista cansada de guerra, na Galeria de Arte Ami.

1973 – Salvador, BA – 150 Anos de pintura na Bahia, no MAM-BA.

1973 – São Paulo, SP – 12ª Bienal internacional de São Paulo, na Fundação Bienal. Sala especial.

1973 – São Paulo, SP – Carybé e Ramiro Bernabó, em A Galeria.

1973 – São Paulo, SP – 1ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1973 – Tóquio, Atami e Osaka, Japão – 1ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1973 – Rio de Janeiro, RJ – 1ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1973 – Brasília, DF – 1ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1974 – Salvador, BA – Plásticos da Bahia.

1974 – Salvador, BA – 1º Salão de arte do Clube de Engenharia da Bahia.

1975 – Rio de Janeiro, RJ – Carybé e Aldemir Martins, na Mini Gallery.

1975 – Salvador, BA – Feira da Bahia.

1975 – São Paulo, SP – 2ª Exposição de belas artes Brasil-Japão, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

1975 – Tóquio, Atami e Osaka, Japão – 2ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1975 – São Paulo, SP, Rio de Janeiro, RJ, Brasília, DF – 2ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1976 – São Paulo, SP – Carybé e Preti, na Grifo Galeria de Arte.

1977 – São Paulo, SP – Mostra de arte, Grupo Financeiro BBI.

1977 – Tóquio, Atami e Osaka, Japão – 3ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1977 – São Paulo, SP – 3ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1977 – Rio de Janeiro, RJ – 3ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1977 – Brasília, DF – 3ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1979 – São Paulo, SP – 15ª Bienal internacional de São Paulo, na Fundação Bienal.

1979 – Tóquio,  Kioto e Atami, Japão – 4ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1979 – Rio de Janeiro, RJ e São Paulo, SP – 4ª Exposição de belas artes Brasil-Japão.

1980 – Dacar, Senegal – Pintores Baianos.

1980 – Dacar, Senegal  – Semana da Bahia.

1980 – Fortaleza, CE – 11 Artistas da Bahia, na Universidade Federal do Ceará.

1980 – Lisboa, Portugal – Semana da Bahia, na Cassino Estoril.

1980 – Penápolis, SP – 4º Salão de artes plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis.

1980 – Salvador, BA – Gravuras da coleção Antonio Celestino, no Museu Carlos Costa Pinto.

1980 – São Paulo, SP – 13ª Exposição de arte contemporânea, na Chapel Art Show.

1981 – Nekai, Tóquio, Atami e Kioto, Japão – 5ª exposição de belas artes Brasil-Japão.

1981 – Brasília, DF, Rio de Janeiro, RJ, São Paulo, SP – 5ª exposição de belas artes Brasil-Japão.

1982 – Brasília, DF – Três artistas da Bahia, no Centro Cultural Thomas Jefferson.

1982 – Salvador, BA – A arte brasileira da coleção Odorico Tavares, no Museu Carlos Costa Pinto.

1983 – Salvador, BA – Artistas amigos do Bistrô do Luiz.

1984 – Aracaju, SE – Artistas baianos, na J. Inácio Galeria de Arte.

1984 – Dacar, Senegal – Artistas da Bahia, na Galeria Nacional.

1984 – Fortaleza, CE – Artistas da Bahia, na Fundação Edson Queiroz – Universidade.

1984 – Salvador, BA – Influência de Mãe Menininha do Gantois na cultura baiana, no Museu de Arte da Bahia.

1984 – São Paulo, SP – Tradição e ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal.

1985 – San José, Costa Rica – Coletiva arte Bahia, na Galeria 2000.

1985 – San José, Costa Rica – Afro-Bahia, na Galeria de Arte 2000.

1985 – São Paulo, SP – 100 Obras Itaú, no Masp.

1986 – Brasília, DF – Baianos em Brasília, na Casa da Manchete.

1986 – Curitiba, PR – Um artista presenteia a cidade, no Solar do Barão.

1986 – Salvador, BA – 39 Desenhos da coleção Recôncavo, no Museu de Arte da Bahia.

1987 – Salvador, BA – Doze artistas brasileiros, na Anarte Galeria.

1987 – São Paulo, SP – 20ª Exposição de arte contemporânea, na Chapel Art Show.

1988 – Salvador, BA – Os ilustradores de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado.

1988 – São Paulo, SP – 15 Anos de exposição de belas artes Brasil-Japão, na Fundação Mokiti Okada.

1988 – São Paulo, SP – Os ritmos e as formas: arte brasileira contemporânea, no Sesc Pompéia.

1989 – Copenhague, Dinamarca – Os ritmos e as formas: arte brasileira contemporânea, Museu Charlottenborg.

1991 – Curitiba, PR – Museu Municipal de Arte: acervo, no Museu Municipal de Arte.

1992 – Santo André, SP – Litogravura: métodos e conceitos, no Paço Municipal.

1992 – Zurique, Suíça – Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus Zürich.

1994 – São Paulo, SP – Gravuras: sutilezas e mistérios, técnicas de impressão, na Pinacoteca do Estado.

1996 – São Paulo, SP – Norfest 96: artes visuais, no D&D Shopping.

 

Exposições Póstumas:

1998 – São Paulo, SP – Impressões: a arte da gravura brasileira, no Espaço Cultural Banespa-Paulista.

1998 – São Paulo, SP – Marinhas em grandes coleções paulistas, no Espaço Cultural da Marinha.

1999 – Curitiba, PR – Arte-arte Salvador 450 anos, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão.

1999 – Rio de Janeiro, RJ – Arte-arte Salvador 450 anos, no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro.

1999 – Rio de Janeiro, RJ – Mostra Rio gravura. Gravura moderna brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA.

1999 – Salvador, BA – 100 Artistas plásticos da Bahia, no Museu de Arte Sacra.

1999 – Salvador, BA – Arte-arte Salvador 450 anos, no MAM-BA.

1999 – São Paulo, SP – A ressacralização da arte, no Sesc Pompéia.

1999 – São Paulo, SP – Cotidiano/arte.  O consumo: metamorfose do Consumo, no Itaú Cultural.

1999 – São Paulo, SP – Cotidiano/arte.  O consumo: paratodos, no Itaú Cultural.

2000 – Rio de Janeiro, RJ – Brasil + 500 mostra do redescobrimento. Negro de Corpo e Alma, na Fundação Casa França-Brasil.

2000 – São Paulo, SP – Brasil + 500 mostra do redescobrimento, na Fundação Bienal.

2001 – Rio de Janeiro, RJ – Aquarela brasileira, no Centro Cultural Light.

2001 – São Paulo, SP – 4 Décadas, na Nova André Galeria.

2001 – São Paulo, SP – Figuras e faces, em A Galeria.

2003 – Rio de Janeiro, RJ – Arte em movimento, no Espaço BNDES.

2009 – Salvador, BA – Carybé: 70 anos de Bahia, exposição comemorativa aos 70 anos da chegada do artista à Bahia. Curadoria de Raul Lody. Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM-BA.

2011- Salvador, BA – O ateliê: Carybé 1911-2011. Galeria Solar Ferrão.

 

Premiações:

1943 – Primeiro Prêmio no 29º Salon de acuarelistas y grabadores. Buenos Aires, Argentina.

1943 – Primeiro Prêmio da Câmara Argentina del Libro. Buenos Aires, Argentina.

1954 – Medalha de Bronze no 4º Salão baiano de belas artes. Salvador.

1955 – Primeiro Prêmio Nacional de Desenho, na 3ª Bienal de São Paulo.

1956 – Medalha de Prata no Salão do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.

1967 –  Prêmio Odorico Tavares Melhor Plástico de 1967. Salvador.

 

Títulos:

1957 –  Obá de Xangô do Terreiro Axé Opô Afonjá com Otun Onã Shokun e Iji Apôgan na casa de Omolú. Salvador.

1963 – Cidadão da Cidade de Salvador.

1967 –  Medalha Comemorativa de Nascimento de Lauro Muller, no grau de Comendador. Rio de Janeiro.

1976 –  Cavaleiro da Ordem do Mérito da Bahia.

1982 –  Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia.

1984 –  Comenda Jerônimo Monteiro no grau de Cavaleiro. Espírito Santo.

1984 –  Medalha do Mérito Castro Alves, na Academia de Letras da Universidade Federal da Bahia.

1988 –  Passou de Otun a Obá Onã Xocun do Terreiro Axé Opô Afonjá. Salvador.

 

Participação em concorrências:

1959 – Concurso de painéis para a estação de embarque da American Airlines do Aeroporto Kennedy. Nova York, EUA. Primeiro e segundo lugares.

Referências
Bibliográficas:

AMADO, Jorge. Bahia de todos os santos: guia de ruas e mistérios. 40. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. 410 p.

BERNABÓ, Ramiro. Devaneios com Ramiro Bernabó. Disponível em: <www.irdeb.ba.gov.br/soteropolis/?p=2546>. Acesso em: 17 abr. 2014.

FURRER, Bruno (Org.). Carybé. Salvador: Fundação Emílio Odebrecht, 1989. 452 p. Biografia do artista por Gardênia Melo.

JESUS, José Barreto de (Org.). Carybé & Verger: gente da Bahia. Salvador: Fundação Pierre Verger: Solisluna Design Editora, 2008. 168 p. (Entreamigos).

MIDLEJ, Dilson. Uma escritura de imagens: Jorge Amado e as artes visuais na Bahia. In: Anais do 22o Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas. Belém: Anpap, 2013. CD-ROM. ISBN: 9788560639021.

______. Museu de Arte Moderna da Bahia: Parque das esculturas. Salvador: Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, 2008. 78 p.

ROCHA, Wilson. Artes plásticas em questão. Salvador: Omar G., 2001. 368 p. il.

Eletrônicas seguidas dos links:

CARYBÉ. Enciclopedia Itaú Cultural Artes Visuais. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=1374&cd_idioma=28555>. Acesso em: 16 abr. 2014.

CARYBÉ. Wikipedia: a enciclopedia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Carybé>. Acesso em: 16 abr. 2014.

INSTITUTO CARYBÉ. Disponível em: <https://pt-br.facebook.com/InstitutoCarybe>. Acesso em: 16 abr. 2014.

Bibliografia sobre o artista:

Livros e catálagos:

BIENAL, Nacional de Artes Plásticas (Primeira). Textos de Hildete de Britto Lomanto, Clarival do Prado Valladares, Wilson Rocha et al. Salvador: Imprensa Oficial da Bahia, 1966. Não paginado, il. (Catálogo da exposição de 28 dez. 1966 a 28 fev. 1967).

COELHO, Ceres Pisani Santos. Artes plásticas: movimento moderno na Bahia. 1973. 223 f. il. Tese (concurso para professor Assistente) - Departamento I, EBA / Ufba. Salvador.

MORAIS, Frederico. Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro, 1816-1994. Rio de Janeiro: Top books, 1995. 560 p.

MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA. Textos de Denise Mattar, Antonio Riserio e Heitor Reis. São Paulo, 2002. 288 p. il.

PORTUGAL, Claudius Hermenn. Outras cores: 27 artistas da Bahia: reportagens plásticas. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, 1987. 105 p. (Casa de palavras).

VALLADARES, José. Artes Maiores e menores: seleção de crônicas de arte 1951-1956. Salvador: Universidade da Bahia, 1957. 184 p. il.
Autoria

Autores(as) do verbete:

Dilson Midlej

D536

Dicionário Manuel Querino de arte na Bahia / Org. Luiz Alberto Ribeiro Freire, Maria Hermínia Oliveira Hernandez. – Salvador: EBA-UFBA, CAHL-UFRB, 2014.

Acesso através de http: www.dicionario.belasartes.ufba.br
ISBN 978-85-8292-018-3

1. Artes – dicionário. 2. Manuel Querino. I. Freire, Luiz Alberto Ribeiro. II. Hernandez, Maria Hermínia Olivera. III. Universidade Federal da Bahia. III. Título

CDU 7.046.3(038)

 

Informar Erro

Seu nome (obrigatório)

Seu e-mail (obrigatório)

(não será publicado)

Informe o erro (obrigatório)

Deixe um comentário



(não será publicado)


Digite seu comentário aqui...